Mercado ajusta previsões para Selic, inflação e dólar em 2025
As expectativas do mercado financeiro para a economia brasileira passaram por novas revisões, conforme revelado pela pesquisa Focus do Banco Central na segunda-feira (25/11). O levantamento apurou que, para o fim de 2025, as projeções para a taxa Selic, a inflação e o câmbio sofreram alterações significativas.
A pesquisa semanal, que reflete a percepção de uma centena de economistas sobre os principais indicadores econômicos, mostra que a taxa básica de juros deve encerrar o próximo ano em 12,25%, um aumento em relação à expectativa anterior de 12%. Para 2024, a Selic permanece inalterada em 11,75%, refletindo estabilidade nas previsões.
Inflação e Selic
No que tange ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a previsão para 2025 foi elevada para 4,34%, aproximando-se do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. No ano anterior, a inflação projetada é de 4,63%, um leve ajuste em relação à estimativa anterior de 4,64%.
A deterioração nas previsões inflacionárias vem em meio a uma aceleração nos preços de itens como carnes, leite e café, além dos aumentos nas tarifas de energia elétrica.
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou sua previsão de inflação para 2024, ajustando-a de 4,25% para 4,40%.
Câmbio e PIB
A pesquisa Focus também apontou um aumento na cotação esperada para o dólar em 2024, que agora é de 5,70 reais, em comparação aos 5,60 reais previstos anteriormente. Para 2025, a expectativa é que a moeda norte-americana seja cotada a 5,55 reais.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), a economia brasileira deve crescer 3,17% em 2023, superando a estimativa anterior de 3,10%. Para 2025, a projeção de expansão é de 1,95%, um ligeiro aumento em relação à previsão anterior de 1,94%.Subscrições de notícias sobre finanças
Perspectivas futuras
O cenário econômico brasileiro enfrenta incertezas, especialmente em relação ao controle dos gastos públicos.
O governo ainda não anunciou medidas concretas para conter despesas e sustentar o arcabouço fiscal no longo prazo. A expectativa é que novas diretrizes possam ser divulgadas em breve.
Fonte: capitalist